Dia do Pedestre: Caminhar e Agir Coletivamente

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A Eureka tem muito orgulho em apoiar projetos transformadores, como o Cidadeapé, uma organização que luta pelo direito essencial que é a mobilidade do pedestre. Hoje, 8 de agosto, Dia do Pedestre, o diretor da instituição, Oliver Cauã Cauê, deixou um recado importante em nosso blog. Confira!

Mensagem de Oliver Cauã Cauê, diretor do Cidadeapé:

“O meio de transporte mais democrático são os nossos pés (ou cadeiras de rodas, para quem tem mobilidade reduzida). Hoje, no Dia do Pedestre, é importante lembrar que todos nós somos pedestres, mesmo quando não percebemos. Seja ao caminhar até a padaria, acompanhar nossos filhos até a escola ou simplesmente sair de um veículo e seguir a pé até nosso destino. Essa é a forma mais comum de locomoção.

Entretanto, apesar de sua relevância, a mobilidade a pé é negligenciada. Muitos proprietários não cuidam das calçadas em frente aos seus imóveis. Quando o fazem, é apenas para construir rampas de saída para carros, o que impede os pedestres de caminharem pelo passeio, forçando-os a dividir espaço com os veículos na rua.

Curiosamente, enquanto as calçadas carecem de manutenção, as ruas são bem cuidadas pelas prefeituras. Elas gastam com iluminação no leito das vias, asfaltamento, sinalização no solo e placas. Além disso, as municipalidades constroem novas avenidas e imensos viadutos, que exigem desapropriações. Apesar desses custos, a arrecadação das prefeituras com os motoristas permanece aquém do esperado. O dinheiro gasto com a circulação de carros poderia ter um uso mais democrático.

Também é interessante observar a atuação das forças policiais. Quando alguns pedestres se unem para fazer uma manifestação e bloquear o tráfego de uma rua, a Tropa de Choque age prontamente. No entanto, quando carros estacionam sobre as calçadas, a polícia alega que essa é uma responsabilidade da prefeitura (que conta com poucos agentes de trânsito).

No Dia do Pedestre, não há muito o que comemorar, mas é um momento oportuno para cobrar a ação dos poderes públicos e privados. Precisamos de calçadas amplas, livres de obstáculos, e de prioridade na travessia das ruas. Não é razoável que o pedestre espere três minutos no semáforo para poder atravessar. Além disso, atrativos nas calçadas, como bancos e brinquedos públicos, podem tornar o caminhar mais agradável. Isso exige que o poder executivo assuma o papel de reformar as calçadas e que os proprietários de imóveis contribuam financeiramente para essas melhorias.

A sociedade civil também deve se envolver, escrevendo aos candidatos a vereador e a prefeito, questionando suas propostas para uma mobilidade mais sustentável. Por fim, na capital paulista, você pode se associar à Cidadeapé – Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo. Atuar coletivamente é sempre mais eficaz do que agir isoladamente.

Nos encontramos nas ruas e… no Eureka. As reuniões da Cidadeapé ocorrem toda primeira segunda-feira do mês, às 19h.”

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Oliver Cauã Cauê – Diretor do Cidadeapé

Convidamos você a conhecer mais sobre o Cidadeapé e apoiar essa importante causa. Visite a página no https://www.catarse.me/cidadeape  e descubra como você pode contribuir para transformar a mobilidade a pé em São Paulo!


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