O Eureka Coworking apoia a Hack’n Bike, maratona de programação para criar sistemas do Programa Bike SP

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Hack’n Bike
Maratona reúne desenvolvedores para criar sistemas do Programa Bike SP, lei que incentiva o uso da bicicleta em São Paulo

O Programa Bike SP vai oferecer créditos para quem usar a bicicleta em seus deslocamentos pela cidade em vez de carro, ônibus ou outros meios de transporte cobertos pelo Bilhete Único. Nos dias 26 e 27 de maio, hackers e programadores estarão reunidos na Hack’n Bike, maratona de desenvolvimento para criar sistemas de controle para o Bike SP, validando as viagens e criando ferramentas para o cumprimento da lei. Os melhores trabalhos concorrem a R$ 19 mil em prêmios.

A Prefeitura deve regulamentar a legislação em breve, abrindo caminho para a implantação do Bike SP. Aprovado em 2016, o programa de autoria do vereador Police Neto determina que pelo menos parte do subsídio que a Prefeitura paga para bancar o transporte coletivo seja transformada em incentivo para os ciclistas. Os créditos serão concedidos por meio do Bilhete Único, de modo que possam ser utilizados numa rede credenciada de serviços que inclua o compartilhamento de bicicletas, oficinas de reparos e a venda de bikes.

“Hoje, o cidadão paga R$ 4,00 pela passagem, mas o preço final com o subsídio da Prefeitura chega a R$ 6,66, em média”, explica o vereador Police Neto. “O programa transforma a diferença de R$ 2,66 em créditos para quem se cadastrar no sistema e realizar suas viagens de bicicleta. Podemos revolucionar o uso da bike em São Paulo sem gerar novos custos e ainda desafogar o sistema, com menos congestionamentos e uma melhora geral na mobilidade urbana. Além de todas as vantagens que a bicicleta traz: promove a saúde e não polui o meio ambiente.” Pesquisa recente do Cebrap/Itaú Unibanco mostra que ampliar o uso da bicicleta poderia adicionar R$ 870 milhões ao PIB da cidade, só considerando a redução do tempo gasto no trânsito.

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Entre as presenças já confirmadas na Hack’n Bike estão Police Neto, Tomás Martins, diretor-executivo da Tembici, que mantém mais de 2 mil bicicletas em sistema de compartilhamento na cidade, e Renato Freitas, cofundador da Yellow responsável pela área de tecnologia da empresa que, em julho, começa a operar um modelo de compartilhamento de bicicletas dockless (com redistribuição livre, sem estação para retirada e devolução), liberadas por um aplicativo de celular.

O Hack’n Bike vai oferecer R$ 19 mil em prêmios para os três primeiros colocados, incluindo seis meses de incubação no Eureka Coworking e ajuda de custo para o melhor sistema. A inscrição é gratuita, e mentores especialistas na área vão orientar os grupos de participantes.

A maratona começa às 9 horas do sábado (26/5) e termina às 18 horas do domingo (27/5). O evento é realizado pela Cidade Viva, incubadora de projetos sociais criada por Police Neto, com patrocínio da Yellow, Tembici, Caloi, Shimano, Serttel e Eureka Coworking, e tem o apoio da Shawee.io, Trunfo e Bike Ajuda.

Como vai funcionar o Bike SP
O benefício do Bike SP contempla quem usa carro, ônibus, metrô e trem – basta a pessoa adquirir o Bilhete Único e carregar o valor equivalente ao que gastaria na rede de transporte coletivo. O crédito correspondente às viagens de bicicleta fica acumulado para que o usuário gaste como preferir, na rede credenciada, no pagamento de serviços públicos, como contas de água e luz, ou doando para entidades beneficentes cadastradas. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes prevê a definição de um percurso mínimo como referência para a concessão do crédito, que  será calculado sobre o subsídio (R$ 2,66 por viagem). A distância considerada até o momento é de três quilômetros, mas a quilometragem exata será determinada em portaria, o que permitirá ajustes ao longo da implantação do programa. O dia da semana e horário em que o usuário pedalou em vez de pegar ônibus ou outro modal também será considerado no cálculo do crédito. Assim, por exemplo, o crédito pode ser maior em dias úteis e horários de pico para ajudar a desafogar o trânsito paulistano.

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O ciclista poderá receber, no máximo, o equivalente a dois créditos por dia, mas sempre serão considerados os deslocamentos com mais impacto positivo para a mobilidade urbana, sendo viagens com início e/ou fim no modal bicicleta.

O Bike SP será operado com duas plataformas, uma que valide as viagens e outra de gerenciamento dos créditos. O objetivo da Hack’n Bike é justamente propor sistemas para compor essas plataformas, que serão admitidas pela secretaria por meio de credenciamento. Para participar do programa, o ciclista terá de fazer um cadastramento. Os chamados “créditos de mobilidade” ficam computados no Bilhete Único, que poderá ser chamado de Bilhete da Mobilidade.

“Integrar a bike com os outros meios de locomoção, como ônibus, trem e metrô, é uma realidade mundial, e a cidade de São Paulo precisa se adequar para não parar literalmente”, diz o diretor de marketing da Caloi, Eduardo Rocha. “Nada melhor do que utilizar a bicicleta e, assim, fazer exercício físico e combater a poluição ao mesmo tempo.”

Para Daniel Moral, co-fundador da Eureka Coworking, espaço compartilhado de trabalho na cidade que incentiva a mobilidade por bicicleta, o Bike SP “é um marco na história da cidade”. Segundo ele, com o programa “passamos a apoiar o uso da bicicleta de uma forma inédita e, mais do que isso, a desenhar o que queremos para o futuro de São Paulo”.

“A Shimano apoia iniciativas públicas e privadas em prol do desenvolvimento da cultura e do mercado de bicicletas no Brasil. A utilização da solução de Bike Share aliada ao Programa Bike SP trará muitos benefícios para a mobilidade em São Paulo”, diz João Magalhães, coordenador de comunicação da Shimano Latin America.

Hack’n Bike
Quando: Das 9 horas do dia 26/5 (sábado),
às 18 horas do dia 27/6 (domingo)
Abertura oficial: 10 horas do dia 26/5
Apresentação dos trabalhos: 15h30 do dia 27/5
Onde: Auditório Totvs, Av. Brás Leme, 1000, Santana, São Paulo
Inscrições para participantes: https://app.shawee.io/hackathon/hackn-bike
Prêmios: 1º colocado: R$ 8 mil + 6 meses de incubação do projeto no Eureka Coworking + R$ 1 mil por mês; 2º colocado: R$ 4 mil; 3º colocado: R$ 1 mil


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